Твое лицо мне так знакомо,
Как будто ты жила со мной.
В гостях, на улице и дома
Я вижу тонкий профиль твой.
Твои шаги звенят за мною,
Твои шаги звенят за мною,
Куда я ни войду, ты там,
Не ты ли легкою стопою
Не ты ли легкою стопою
За мною ходишь по ночам?
Не ты ль проскальзываешь мимо,
Едва лишь в двери загляну,
Полувоздушна и незрима,
Подобна виденному сну?
Я часто думаю, не ты ли
Едва лишь в двери загляну,
Полувоздушна и незрима,
Подобна виденному сну?
Я часто думаю, не ты ли
Среди погоста, за гумном,
Сидела, молча на могиле
В платочке ситцевом своем?
Я приближался - ты сидела,
Я подошел - ты отошла,
Спустилась к речке и
запела...
На голос твой колокола
На голос твой колокола
Откликнулись вечерним
звоном...
И плакал я, и робко ждал...
Но за вечерним перезвоном
Твой милый голос затихал...
Еще мгновенье - нет ответа,
Платок мелькает за рекой...
Но знаю горестно, что где-то
Еще увидимся с тобой.
Александр Блок
____________________________________________________
____________________________________________________
O teu rosto é tão
familiar para mim
Como se você vivesse comigo.
Na casa dos outros, na rua e em casa
Como se você vivesse comigo.
Na casa dos outros, na rua e em casa
Eu vejo o teu fino
perfil.
Os teus passos vêm
atrás de mim
Onde quer que eu
vá, você está lá,
Não é fácil pra
você parar
De andar atrás de
mim à noite?
Você não se
esgueira ao meu lado
Mal eu espreito
pela porta
Meio feita de ar e
invisível,
Semelhante às
visões do sono?
Eu frequentemente
penso, se você não
No meio do cemitério, atrás da eira,
Sentou-se, silenciosa, sobre um túmulo
Envolta em seu lenço de algodão?
Eu fui me aproximando – você se sentou,
Eu cheguei perto – você se afastou,
No meio do cemitério, atrás da eira,
Sentou-se, silenciosa, sobre um túmulo
Envolta em seu lenço de algodão?
Eu fui me aproximando – você se sentou,
Eu cheguei perto – você se afastou,
Desceu em direção
ao rio, e começou a cantar...
À tua voz os sinos
À tua voz os sinos
Responderam com o
toque do carrilhão
E eu chorei, e
esperei timidamente
Mas sob o som do carrilhão
Tua doce voz silenciou...
Mais um instante, mas não há resposta
O lenço surge momentaneamente além do rio...
Mas sei amargamente que em algum lugar
Ainda nos veremos novamente.
Mas sob o som do carrilhão
Tua doce voz silenciou...
Mais um instante, mas não há resposta
O lenço surge momentaneamente além do rio...
Mas sei amargamente que em algum lugar
Ainda nos veremos novamente.
Aleksandr Blok
Nenhum comentário:
Postar um comentário